A tecnologia tem trabalhado muito para auxiliar a preservação do meio ambiente, seja através de gadgets verdes, de novas formas de energia ou por meio do desenvolvimento de produtos sustentáveis
Uma das novas invenções que vem ganhando o mercado é o e-book. Com o avanço da internet, a veiculação de obras literárias, como livros, revistas e até mesmo jornais, tem se adaptado a essa nova tendência.
A Amazon, empresa de comércio de eletrônicos dos Estados Unidos, lançou no começo de 2009 seu leitor de e-books, o Kindle. Hoje, na sua loja, a venda de livros eletrônicos já ultrapassa a de livros convencionais.
Seria essa uma saída ecológica? Muito provavelmente sim. Um best-seller que tenha uma tiragem de dois milhões de cópias seria responsável pelo corte de 160 mil árvores adultas.
Aproximadamente 1 milhão de novos títulos são lançados todo ano no mundo, então imagine a quantidade de matéria-prima empregada para que esses livros cheguem às lojas.
E não são só livros que estão disponíveis em versão digital. Revistas como a Time e importantes jornais como o The New York Times e o Le Monde são atualizados diretamente no e-reader.
O Kindle possui uma memória interna de 1 Gb e, segundo seus produtores, pode armazernar até mil e-books. As compras de novas edições são feitas online, pelo próprio aparelho ou por um computador.
Ou seja, além de poupar árvores, os e-readers ainda possibilitam uma compra verde de novos livros. Mesmo assim, por se tratarem de aparelhos eletrônicos, necessitam de energia elétrica para funcionar.
A LG criou um protótipo que pretende acabar com a necessidade dos e-readers de utilizar energia elétrica, o Solar Cell. Ele funciona como uma capa para os aparelhos. Uma exposição de quatro a cinco horas pode garantir mais um dia de carga ao seu leitor de e-books.Mesmo sem esse protótipo no mercado, o Kindle consome o mínimo de energia possível. Sua tela é composta da chamada tinta eletrônica, uma tecnologia que faz com que seu display fique parecendo uma folha de papel devido ao seu alto contraste. Também por isso a tela não necessita de iluminação própria, o que gera um gasto muito pequeno de energia.
Não é apenas a Amazon que tem seu e-reader, existem vários outras marcas que possuem leitores de e-books. Aqui no Brasil está para ser lançado o primeiro leitor digital 100% nacional, o Mix Leitor D, o que pode representar uma maior divulgação dos e-books por aqui.
A Editora Plus faz um trabalho muito interessante. Eles publicam apenas e-books e disponibilizam gratuitamente para download. Em seu site existem dicas para escolher seu e-reader e também onde comprar livros digitais.
Sem querer ser chato, é legal o e-book, mas precisamos avaliar outros impactos, como o da confecção deste produto, comparando este impacto com o de corte de árvores.
Abraço
Nilo
Nilo,
Com certeza, concordo com seu pensamento e isso é sim muito importante. No caso do Kindle, a Amazon leva em consideração várias preocupações ambientais. A durabilidade de um produto como os leitores digitais aliados a uma preocupação ambiental podem ser sim importantes auxiliares na preservação das matas.
“Aproximadamente 1 milhão de novos títulos são lançados todo ano no mundo, então imagine a quantidade de matéria-prima empregada para que esses livros cheguem às lojas.”
Uma previsão da revista Forrester previu que, apenas no EUA, foram vendidos 2 MILHÕES de e-readers (link abaixo). Com certeza o impacto ambiental de todo esse lixo (sim, lixo, porque sabemos que em breve surgirão novos aparelhos e essa primeira geração se tornará rapidamente obsoleta) demorará MUITO mais para se biodegradar, comparando com o tempo necessário para o papel. Em suma: e-reader como mais ecológico é um boa forma de vender esse produto, mas do ponto de vista da “sustentabilidade” é ridículo.
(http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u632651.shtml)
Acredito na intencionalidade do bom uso digital. Considerando a hipocrisia de muitos leitores que aqui falam de poluição ambiental, quando cada um tem, em média, de dois aparelhos celulares.E,hoje, já se pensa com mais cautela em como se desfazer dos materiais , bateria, e tantos outros componentes ligados ao aparelho. Não será diferente com os e-books. Pois se sabe também que, para os empresários que não se adequarem à questão da sustentabilidade, correrão o risco de terem seus inventos” mal vistos. Então é lógico que, junto à modernidade , o pensamento de sustentabilidade merece destaque e um bom planejamento. Coisa que, com certeza, os grandes empresários já souberam detectar e resolver. Ainda mais nos dias de hoje, em que a população está de olho na qualidade dos produtos e da vida ambiental.