Juarez Cardoso Nunes é um pesquisador do uso de energias alternativas no Brasil. Para isso, determina qual a melhor fonte de energia para cada região, aliando o meio ambiente local e as necessidades da população.
As etapas da pesquisa e da implantação das ações são feitas com acompanhamento de biólogos, para que o ambiente não seja afetado com eventuais mudanças.
Assim, o ideal para a região amazônica seria a utilização do óleo de seringueiras em geradores, permitindo com que regiões isoladas tenham acesso à energia elétrica.
Já a biomassa é ideal para regiões com grandes plantações, como é o caso da cana de açúcar no sudeste e do arroz no Rio Grande do Sul. Os bagaços e cascas são utilizados como fonte de energia, utilizando ao máximo a produção e evitando o desperdício.Para regiões urbanas, o biogás (gás gerado pela decomposição do lixo) pode ser uma alternativa barata e quase inesgotável.
Para Juarez, a importância das fontes de energias alternativas é tanto ambiental como social. Além de reutilizar vários materiais e diminuir impactos ambientais, os pequenos empreendimentos possibilitam crescimento social para seus trabalhadores e crescimento para toda a região afetada pela nova energia, melhorando a qualidade de vida.
“O grande impasse no sustentável ao social são os megas projetos: vivemos em um sistema quase que exclusivamente hidroelétrico. Crescimento sustentável aliado ao social passa por palavras como educação e cultura”, comenta Juarez.
Excelente artigo. Gostaria de ler um aprofundamento sobre o assunto.
Acho formidável a ideia de sustentabilidade, uma maneira de viver mis livre e melhor, sem prejudicar o meio ambiente.
Para quem gostou do assunto, o Juarez começou a escrever um blog aqui na Atitude! Confira: http://atitudesustentavel.uol.com.br/energiaverde/
Ola Juarez e amigos,
realmente pensar a sustentabilidade energética é um desafio no Brasil já que o que vemos são planos de obras faraônicas e centralizadoras. Desconheço um estudo profundo do aproveitamento da biomassa urbana para produção de biogás. O nosso lixo é muito rico e desprezado pelos planejadores apesar das inúmeras soluções técnicas disponíveis. O que nos falta no setor energético é aliar uma mudança cultural da sociedade que deveria exigir energia limpa e distribuida que ao contrário do que pregam os planejadores ao dizer que elas são muito caras, se fizermos as contas saem mais baratas gerando mais empregos, reduzindo as desigualdades, preservando os recursos naturais. Por exemplo, entendo que a energia solar é sem duvida a melhor forma de gerar calor e frio nas edificações mas nossa sociedade continua comprando edificios que oferecem sistema de aquecimento a água elétricos ou a gás, que são sistemas eficientes mas gás e eletricidade são energéticos muito ricos para aquecer água. A desconexão dos arquitetos e dos construtores associada a falta de um planejamento urbano realmente sustentável e verde nos leva à criar uma cultura de que energia verde é mais cara. É mais cara se tivermos de continuar a ter de fazer ” errado ” no inicio para depois corrigir. Porque nao fazer certo no momento zero??
Rio terá usina para transformar lixo em energia elétrica
A prefeitura do Rio de Janeiro pretende licitar, em seis meses, uma usina de geração de energia elétrica que usa o lixo dos cariocas como combustível
O Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe) começa a elaborar a proposta de construção de uma usina para transformar o lixo da capital fluminense em energia elétrica. O anúncio foi feito ontem (17) pelo coordenador técnico do projeto e pesquisador do Coppe, Luciano Basto, durante a assinatura do convênio entre o instituto e a Companhia Municipal de Limpeza Urbana do Rio de Janeiro (Comlurb).
Com o acordo, pesquisadores das duas instituições vão analisar a viabilidade técnica e ambiental da instalação de uma unidade de tratamento no bairro do Caju, na zona portuária da cidade, por onde passa metade do lixo produzido pelos fluminenses. Luciano Basto acredita que o estudo, com o cálculo de custos e identificação de tecnologia, seja entregue à prefeitura do Rio em dois meses.
“O investimento pode ser até mais caro do que as tradicionais soluções para destinação de lixo e oferta de eletricidade. Mas como lixo é um combustível a custo negativo, pelo qual a sociedade paga para se livrar do problema, e o tratamento energético do lixo evitaria emissões de gases de efeito estufa, essas receitas adicionais podem ser contabilizadas como benefícios para esse tipo de aproveitamento energético”, estimou o pesquisador.
Basto disse ainda que o aproveitamento energético seria de 100%, considerando que a usina será instalada dentro da cidade, diferente, segundo ele, das hidrelétricas que atendem 80% da matriz energética do país. Por estarem distantes dos grandes centros urbanos, as hidrelétricas registram perda de cerca de 15% da eletricidade gerada.
Atualmente, o Rio de Janeiro produz 9 mil toneladas de lixo por dia. Os detritos são encaminhados a três estações de transferência da cidade: Caju (zona portuária), Irajá (zona norte) e Jacarepaguá (zona oeste). Dessas estações, o lixo é transportado para dois aterros sanitários.
A usina na estação do Caju, que recebe o maior volume de detritos da cidade, poderia chegar a 500 megawatts de potência instalada. Pelos cálculos do Coppe, a transformação de 9 mil toneladas de lixo em energia seria suficiente para abastecer 1,5 milhão de residências, com consumo médio de 200 quilowatts/hora por mês.
A presidente da Comlurb, Ângela Nóbrega Fonte, garantiu que a empresa vai fornecer todo o material para os estudos e espera abrir o processo de licitação para a construção da usina em 6 meses. “Além do que já temos feito no aterro [sanitário] de Gramacho, minimizando a emissão de gases do efeito estufa, e em Seropédica, onde será construído um aterro sanitário controlado com licenciamento ambiental, essa novidade é muito importante para a população. Isso vai trazer mais recursos para a cidade e o meio ambiente vai agradecer”, comemorou Ângela Nóbrega.
Fonte: Reportagem de Carolina Gonçalves, da Agência Brasil, publicada pelo EcoDebate, 18/08/2010
http://www.ecodebate.com.br/2010/08/18/rio-tera-usina-para-transformar-lixo-em-energia-eletrica/
legaallllllllllllllllll e me ajudou com uma ppesquisa importante uhuuhuhuhuhuh